Sentaste-te ao meu lado a abraçaste-te a mim. Um calafrio gelou-me por completo. Fiquei estática à espera que o meu corpo reagisse externamente, mas a única coisa que sentia era o acelerar do batimento cardíaco e o estômago enviusado. Tocaste-me na mão com uma suavidade que nunca tinha sentido e, por fim, os nossos olhares encontraram-se. Lembro-me tão bem da cor dos teus olhos, da minha imagem neles. Lembro-me do que disseste no momento a seguir: "eu nunca te vou deixar". Infelizmente guardei essas palavras vãs e cravei-as no meu coração, impregnando-as com esperança e amor profundo.
Acordei. Abri os olhos e tu não estavas lá. Nem nunca estiveste, de facto. Gostava de te poder dizer o que sinto, sem demoras nem rodeios, sem aquelas palavras a mais que tornam o discurso sobrecarregado de empenho para te impressionar. Uma palavra bastava. E uma promessa também.