Não temos a inocência de uma criança, nem a experiência de vida de um adulto. Temos as hormonas descontroladas e uma ânsia de viver inigualável. É uma idade de decisões importantes, decisões essas que irão influenciar todo o nosso futuro. Podemos, na idade adulta, tentar emendar erros cometidos na idade da loucura, mas não será a mesma coisa. É aqui que temos de ser fortes o suficiente para abdicarmos de certas coisas e nos concentrarmos noutras. Abrir mão da felicidade instantânea e pensar na felicidade a longo prazo. Por vezes, é difícil. É complicado pensar que o nosso enorme problema deixará de o ser daqui a um mês ou dois. Eu sou daquelas pessoas que deprime, que desiste, que deixa de encontrar razão no que faz se alguma adversidade a deita abaixo. Este ano de 2013 não tem sido nada fácil - talvez pela minha enorme superstição com o número 13 -, mas a verdade é que se me pedirem para dizer uma coisa boa que já me tenha acontecido desde o dia 1 de Janeiro de 2013... Eu não consigo dizer. Estou num curso que não gosto, com pessoas com quem não consigo ter um elevado grau de intimidade, talvez por vê-las poucas vezes, não sei, o meu avô tem uma doença grave e no campo do amor, bem, é melhor nem entrarmos por aí porque seria o descalabro total. Há toda uma instabilidade que recai sobre mim, como se eu já não conseguisse perceber quem sou, o que quero, pelo que luto. Basicamente, vivo atrelada a um passado que me proporcionou dias de felicidade intensa e a um futuro que vislumbro tudo menos risonho. Será isto apenas uma fase? Eu espero que sim e espero sobretudo ter a força necessária para a ultrapassar. Vá agora não liguem ao que disse e me venham perguntar "o que se passa Joana?!?". Só me apeteceu desabafar e, em vez de ouvir música como a maior parte dos jovens, escrevo.
1 comentário:
"Depois da tempestade vem a bonança"!
Só uma pequena coisa (ou não), toda a felicidade que conseguimos em qualquer momento possuir (se é que é possível possuir) não é apenas uma felicidade momentânea? Talvez saiba do que escreves porque consigo viver essa mesma sensação e que me leva a esse tal dilema de abdicar de tudo agora para poder ter tudo depois, mas afinal, quando seremos adolescentes?
Enviar um comentário