segunda-feira, 13 de junho de 2011

Fernando Pessoa


Se hoje fosses vivo, farias uns singelos 123 anos. És o meu poeta de eleição. Mais que Cesário Verde, mais que Florbela Espanca, mais que o próprio Camões - és tu. Não precisas de ir buscar vocábulos difíceis com os quais a malta fica a olhar para eles com cara-de-sapo, mas dizes as coisas de uma forma tão bonita, são delicada, tão tua... Que me deixam a pensar: Como é que um homem destes só foi reconhecido depois de morto?! Porque é que não lhe deram o devido valor em vivo? Não há razão, eras apenas um bêbado cravas que deambulava por Lisboa, hoje és um dos maiores poetas de todos os tempos. Fernando António Nogueira Pessoa, hoje, século XXI, tens o teu indubitável valor.

Deixo duas das minhas passagens favoritas:

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem.

Por isso existem momentos inesquecíveis,
Coisas inexplicáveis
E pessoas incomparáveis."

"Porque quem ama nunca sabe o que ama,
nem sabe por que ama,
nem sabe o que é amar.

Amar é a eterna inocência
e a única inocência é não pensar."

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