segunda-feira, 8 de outubro de 2012

The one and only

Existem variadas pessoas por quem já nutrimos sentimentos amorosos. Uns mais fortes, outros mais fracos, uns que duram mais, outros que duram menos, mas todos nós já gostámos de várias pessoas, já nos apaixonámos por elas e nos desapaixonámos também. Começamos por conhecer alguém que, aos poucos, se vai tornando especial; vamo-nos identificando com ela, sentimo-nos bem a seu lado, começamos a experimentar novas emoções e cada vez ansiamos mais pela sua presença. Por poder olhá-la, beijá-la e senti-la. É um processo que tanto pode ser rápido como longo, que tanto pode durar uma semana, um mês, um ano ou uma vida. Tudo depende da forma como nos entregamos e da forma como a outra pessoa está disposta a entregar-se. Vivemos bons momentos a seu lado, alguns deles inesquecíveis. Contudo, mais cedo ou mais tarde, na maioria das vezes tudo acaba por ter um fim. As acções passam a memórias e os sentimentos são "arrumados" numa parte obscura de nós. Progressivamente vão sendo postos de lado, esquecidos, arrecadados num local onde já não nos lembramos de ir remexer. Porém, há sempre aquela pessoa com quem isto não acontece. Eu acredito que cada um de nós tem na sua vida uma pessoa que nos marcou de forma extraordinária. Provavelmente, ao longo dos anos, essa pessoa vai mudando, isto é, há dois anos a pessoa que mais me tinha marcado não é a mesma pessoa que mais me marca agora mas, mesmo assim, e ainda que essa pessoa não seja imutável, temos uma entidade que consegue despoletar em nós aquilo que mais nenhuma consegue. Todos temos aquela pessoa que basta dizer uma palavra para que todos os sentimentos encafuados num baú venham ao de cima, que com um sorriso nos traz mil memórias, com um gesto nos arrepia. Aquela pessoa de quem não conseguimos evitar ter ciúmes, mesmo que não tenhamos razões (nem direito!) para tal. A mesma pessoa que consegue mudar o nosso humor do melhor para o pior em menos de um segundo. A pessoa que nos marca. Que nos marca verdadeiramente. Essa pessoa existe em cada um de nós. E por vezes? Por vezes é difícil viver sem ela...

Sem comentários: