Por vezes temos de agir, e a melhor acção é nada fazer. Custa demais saber que estás ali, custa demais ouvir a tua voz, custa demais sentir o teu cheiro, custa de mais rir-me do teu riso, custa demais olhar para ti, custa demais responder-te, custa demais a tua presença... Não é ao acaso que não respondo, que evito confrontos de olhar, que tento escapulir-me de onde estás, que espero não te ver, que faço para não passar por ti quando o toque soa. Às vezes temos de tomar uma atitude, e foi isso mesmo que fiz. Limitei-me a escolher entre a dor e o bem-estar. Parece-me uma escolhe óbvia, ou não? Depois de tantas e tantas coisas que se passaram eu resolvi pôr um ponto final. Ponto final. Sem vírgulas nem qualquer outra acentuação - simplesmente ponto final. E posso ainda reiterar a ideia - p-o-n-t-o f-i-n-a-l. Há coisas que não podem voltar a ser o que um dia foram, há mágoas que não passam e imagens que não saem da cabeça. Aquela imagem não me sai da cabeça. Tal como o papel quando se amachuca, jamais será o mesmo, aquilo que sentia nunca mais voltará. Há coisas que são mesmo assim. Um dia disse-te que desculpava tudo, excepto uma coisa. Portanto, aqui fica dito, escrito, registado e arquivado, o que penso e sinto. Agora, e para não ser assim muiiiito insensível, aqui ficam as últimas palavras com muito amor e carinho - fuck off.
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