Provavelmente a razão de as fazermos é a segurança. Tudo se resume a isto - segurança. Prometemos mais aquilo que achamos que não conseguimos cumprir do que aquilo que estamos certos conseguir. "Eu prometo ficar contigo para sempre". Para sempre é muito tempo. É, talvez, tempo demais. E é por o sabermos que o prometemos. Porque numa promessa colocamos um pouco de nós, um pouco da nossa essência, a nossa palavra de honra, o que faz de nós aquilo que somos. E ao quebrarmos uma promessa sentimo-nos como se tivessemos errado exorbitantemente, pois falhámos não só a quem prometemos, como a nós mesmos. Hoje em dia, promessas leva-as o vento, por isso eu evito prometer. Ao prometer sei que posso certamente quebrar, sei que prometo porque nem eu sei se consigo levar o que digo avante. Eu também erro, eu também prometo sem cumprir, eu também prometo e quebro, mas tento não o fazer. E para não o fazer, tento não prometer. A segurança que precisamos está dentro daquilo que somos, e do que fazemos para estarmos seguros. Promessas e juras vão e vêm, e passam sem deixar rasto. Com o tempo fui aprendendo que ao prometer ofereço de mão beijada uma parte de mim que jamais vou recuperar, e que o fracasso que sinto cada vez que tenho de faltar a um prometido me vai consumindo aos poucos. Com o tempo fui deixando de prometer. Com o tempo, fui descobrindo que se não prometer sou mais feliz. Com o tempo, percebi que não é por prometer que me sentirei mais segura. Com o tempo cheguei à conclusão de que para ser completa, tenho de ser o que eu sou e não o que as promessas fazem de mim.
2 comentários:
gostei muito (:
sigo também.
beijinhos *
Obrigada :)**
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