É uma época que adoro. Toda a magia que envolve o Natal toca-me de uma forma inexplicável. A consoada com a família mais chegada, o típico bacalhau cozido e o perú assado, os jogos de cartas e de tabuleiro, os doces de Natal, os presentes, tudo. Sempre vibrei muito com o Natal, em miúda então, era o delírio. Até aos 5/6 anos acreditei piamente no Pai Natal. Os meus pais e avós fizeram tudo de uma forma tão bem feita que eu não desconfiei nem por um momento que ele não existia: jantávamos na cozinha, a minha avó lavava o chão, e eu colocava o meu sapatinho debaixo da chaminé que a casa da minha avó tinha. Fechávamos a porta e íamos todos para a sala de jantar jogar Monopólio, cartas, Trivial e etc. Depois, enquanto estava entretida, os meus pais carregavam as prendas todas para a cozinha pela porta detrás que vinha da varanda. Perto da meia noite ouvia-se um barulho (que alguém da família certamente fazia) e voila, a cozinha estava repleta de prendas desde o fogão até quase à entrada. Era tudo tão mágico que quando soube o o Pai Natal era apenas uma invenção, chorei que me fartei e não queria por nada acreditar. Hoje o significado do Natal é um pouco diferente - hoje o Natal é família, é harmonia, é amor, é carinho, é união, é sorrisos e beijinhos e abraços calorosos. Não é melhor, nem pior, mas dou por mim a desejar, nestes dias, voltar aos meus cinco anos e esperar ansiosamente por ouvir o barulho das prendas do Pai Natal a cair pela chaminé...
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