Podia abordar este tema do ponto de vista da psicologia, já que é uma temática tratada no 12º ano. E é tratada de uma forma tão interessante que gostava de partilhar aqui. No entanto, não me vou confinar às definições que preenchem todo o capítulo, porque ficaria demasiado chato e parecia que estava a fazer uma composição para o teste.
A verdade é que, no dia a dia, tendemos a confundir estes dois conceitos e, na verdade, eles acabam por se imiscuir. De certa forma, associamos o termo "necessidade" a algo impreterível. Necessidade de comer, de dormir, etc, ou seja, necessidade remete-nos para algo que, caso não seja satisfeito compromete a nossa sobrevivência. Já "desejo" é abordado de um ponto de vista mais supérfluo, na medida em que é uma aspiração que o Homem tem, no sentido de querer mais do que aquilo que possui como, por exemplo, desejo de ir a Nova Iorque. No entanto, sabemos que quando ansiamos algo desesperadamente, esse desejo passa a tornar-se numa necessidade, pois sentimos a sua falta. Sentimos a lacuna deles em nós caso não os alcancemos. Freud diz mesmo que os desejos têm origem nas necessidades. Ao satisfazermos uma necessidade acabamos por satisfazer também um desejo. Há uma sensação de prazer após a satisfação da necessidade, logo esta passa a não ser apenas algo que precisamos interiormente, mas um desejo que nos traz consequências positivas. No fundo, chegamos à conclusão que aquilo que precisamos para sobreviver e aquilo que precisamos para viver são ambos imprescindíveis.
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