quinta-feira, 28 de junho de 2012

Lets move on!

Por vezes mergulhamos numa mágoa atroz. Criamos uma ferida que não macha a pele de sangue, mas todo o corpo de lágrimas. Uma ferida que não se vê, mas se sente. Um fogo que cresce exponencialmente sem o conseguirmos controlar. Um ardor fervoroso que nos faz desejar esmorecer e assim ficar. Mas sabemos que temos de nos reerguer. Que temos de converter a fúria em energia, de continuar a jogar este jogo que é a vida, e que o "game over" só aparece quando o último suspiro soar. Até aí não baixemos os braços, não nos entreguemos à febre que é a desilusão, a angústia e o desespero. Quantas pessoas passarão e abandonarão a nossa vida. Quantos fracassos teremos. Quantas vitórias festejaremos. Não podemos dar de bandeja a nossa felicidade, a nossa vontade de viver. É em momentos destes que pensamos em tudo... É nestes momentos de feridas abertas e expostas ao álcool que nos interrogamos acerca de todas as coisas que já passaram pela nossa vida. E estas desventuras, estes dias piores, só servem para percebermos que estamos a tomar o rumo errado. Que temos de virar a vela e seguir contra a corrente. Que não nos podemos resignar ao pouco se sabemos que há mais. Que há pessoas que não nos merecem inteiramente, mas que, algures no mundo, haverá uma pessoa que nos merece por inteiro. Quando encontrarmos essa dita pessoa certa que nos fará sentir coisas que jamais equacionámos sentir, perceberemos que estas mágoas não passam de contratempos que nos mostram que um dia entrará na nossa vida aquela que nos mostrará porque é que nunca funcionou antes com mais ninguém.

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