E digo-o em consciência. Não sei. Fico confusa com o que leio, com o que penso, com o que sonho, com o que os meus dedos vão escrevendo desenfreadamente quase sem me deixarem pensar. Às vezes penso em tudo, como uma retrospectiva. Desde há alguns anos para cá, até agora. Já cometi tantos erros, tantos, tantos... Eu que acho sempre que sei tudo, e talvez seja esse um dos meus piores defeitos, que tomo sempre as decisões em consciência, que sou uma pessoa ponderada e racional. Que oiço o coração, mas que insisto em aprisioná-lo e a dar lugar ao cérebro, acho que cometi erros demais. Erros irremediáveis que hoje não passam de manchas numa história que ficou por escrever. Penso se não teria sido melhor esquecer as outras pessoas, esquecer as adversidades, esquecer toda a racionalidade e seguir o que sentia, lutar contra o mundo, se fosse preciso, entregar o corpo, a alma e as entranhas. Mas eu sou assim, cobarde, medrosa, calculista, sensível, e depois fico-me pelo meio termo, pelo inacabado, pelo que podia ter sido e não chegou a ser. Acabo as histórias, muitas vezes, nos meus sonhos. Sonhos lindos, perfeitos, sonhos como eu idealizava a minha vida daqui a uns anos. Mas ao mesmo tempo... Sonhos tão irreais, que quando me apercebo que o são descarregam uma mágoa e um desgosto tão profundo que me limito a abanar a cabeça e a seguir com a minha vida. É confuso, tudo. Talvez eu própria seja confusa. A verdade é que já não sei. Já não sei nada.
2 comentários:
é... a vida é uma confusão, um enigma mas, infelizmente, cabe-nos a nós decifrá-la :)
Compreendo... por vezes tb sinto um pouco dessa confusão que nos aprisiona.. ***
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