terça-feira, 13 de setembro de 2011

Deixem-me só explodir, agora estou mais calma

Às vezes sinto tantas saudades que chega a doer. E nesses momentos eu recordo-me de tudo, contudo a dor intensifica-se e eu tento esquecer, mas não dá para esquecer aquilo que mora dentro de nós. Tu moras dentro de mim e eu não consigo deixar-te partir. É mais forte que eu, é mais forte que a minha vontade. São saudades, é desespero e é melancolia. É o saber que perdi a guerra e não só uma batalha. É o facto de ter consciência de que o romance que escrevo não passa de uma utopia, e de que nada daquilo nunca irá acontecer. E que eu sonho com aquela história de amor e a vivo enquanto escrevo, mas fica por ali assim que fecho a página de Word. Isso e as coisas que escrevo e guardo. Ou escrevo e rasgo. Ou escrevo e choro. Isso e tudo aquilo que me traz a tua presença, que assombra os meus sonhos, me aquece as noites enquanto durmo, mas que me dá um despertar vazio. Eu sei que tenho de reaprender a viver, mas para isso eu tinha de renascer e eu não quero morrer. Eu quero ultrapassar isto e tapar a ferida. Mas ela verte sangue, e dói, e eu não a consigo estancar. Porque a vida me dá e me tira e talvez eu seja demasiado fraca para aguentar as desilusões. E talvez seja mesmo demasiado ingénua. Demasiado criança. Demasiado insegura. Demasiado confusa. Demasiado estúpida. Demasiado arrogante. Demasiado confiante. Demasiado convencida. Demasiado apaixonada por aquilo que não devia ser. O pior de tudo é que a dor, a cada dia que passa, fica mais forte e eu já não sei como a suportar.

2 comentários:

Anónimo disse...

Joana gostava de falar contigo. Envia-me um e-mail p alves.maria06@gmail.com , se não te importares. Beijinhos.

P.S. O texto tocou-me

Anónimo disse...

Joana não recebi o teu e-mail :s