domingo, 3 de julho de 2011

Eu não o compreendo: l'amour


Às vezes interrogo-me sobre o porquê das coisas. Mais precisamente sobre o porquê do amor. Apaixonamo-nos sem razão, vivemos e sofremos o nosso amor. Sonhamos com ele e acordamos a pensar nele. É o nosso porto seguro, o nosso abrigo, o cobertor nas noites frias, a água gelada nos dias quentes. Mas e depois? E quando o dia acaba e só restam as lágrimas na almofada? E quando escurece, olhamos para a lua e não vimos nada? E quando é dia dos namorados e ficamos a pensar "naquele amor" que não temos? E quando tudo termnina? Às vezes dou por mim a ansiar pela hora de me ir deitar só para poder sonhar... É triste ter uma vida de sonhos, uma vida só de sonhos. É uma utopia que nos acaba por ir matando aos poucos, como um ardor que corrói o coração a pouco e pouco. E depois tentamos deixar a alma voar, acreditamos que conseguimos ultrapassar e que ainda vamos ser muito felizes ao lado de outra pessoa, mas sabemos que 'aquela' pessoa continua a atormentar-nos, a zumbir com uma vozinha quase em murmúrio que nos tentar dissuadir de tomarmos as nossas decisões e nós, inconscientemente, damos-lhe ouvidos porque esse é o som do nosso coração. Eu sou daquelas pessoas que não consegue ignorar a voz.
O amor é demasiado simples e simultaneamente demasiado complicado. Eu admito, não o compreendo.

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