É um facto que quem perde tempo em vez de estar a trabalhar está, invariavelmente, a perder dinheiro. Os preguiçosos e lontras de sofá não passarão de meros parasitas que, se ainda há uns que fazem pouco pela vida, outros não farão mesmo nada, alimentando-se do fundo de desemprego nos primeiros tempos e, provavelmente, regressão para a alçada das mães e dos pais passados uns aninhos.
Contudo, venho aqui abordar esta perspectiva de outra forma. Hoje em dia, como está o sistema de saúde, e com todas as regalias retiradas a imensos idosos, podemos afirmar veemente que dinheiro é efectivamente tempo. Ainda no outro dia, no telejornal, vi que as mortes aumentaram muito nestes últimos tempos, sobretudo em pessoas com mais de 65 anos. Eu sei que estamos em crise, sei que temos de cortar em tudo e mais alguma coisa, mas certas medidas parecem-me um tanto ou quanto desumanas. Pessoas que durante toda a sua vida, que descontaram imenso para o estado, em velhos já não têm direitos?! Perdão, senhor primeiro ministro, têm direitos se tiverem dinheiro. Tens mais de 70 anos e precisas de hemodiálise? Paga. Caso contrário, morre. Muitos doentes que antes tinham isenção? Perderam-na. Têm de fazer 3 exames, optam por fazer apenas 1 pois não têm posses para os financiar a todos.
Eu não digo que não têm de ser aplicadas medidas de austeridade, mas tenho muita pena que os mais lesados sejam os idosos que são pelo senhor passos coelho vistos como "um incómodo à sociedade", e que se corte tanto no que é mais essencial - a saúde.
1 comentário:
obrigada querida :) gostei deste texto! e estou-te a seguir, beijinho *
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