Hoje tive frio durante a noite. Eram umas 5 e tal, 6 da manhã quando acordei desconfortável, sem saber bem porquê. Após um ligeiro arrepio, lá me ergui a custo e puxei o edredon. Houve uma sensação de conforto intantanêa; senti o mesmo aconchego que costumava sentir quando me abraçavas e entrelaçavas nos teus braços para me protegeres do frio. Depois dessa memória pairar na minha mente, limitei-me a adormecer e a sonhar. Não me lembro detalhadamente do que sonhei. Mas sei que sonhei. E sei que foi contigo. E sei que quando acordei estava feliz. Não havia mágoa, nem desconsolo, nem melancolia, nem mesmo saudade. Havia apenas um bem-estar que me fez esboçar um sorriso durante o primeiro pestanejar. E esse sonho, apesar de não ser verdade agora, não foi mentira outrora. Ficaria eu triste por voltar a sentir, durante efémeras horas, o que de tão bom já senti quando te tinha aqui? Claro que não. Aliás, soube-me bem. Porque não foi uma utopia nem mesmo uma ideia idílica, foi uma memória que voltou à superfície e me fez sentir como é, ou era, realmente o nosso amor. Portanto hoje estou feliz, tirando as dores nas pernas por causa da aula de Educação Física, tudo corre às mil maravilhas.
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