Uma coisa que aprendi foi que por muito que tentemos, a vida não pára. Mesmo que nos fechemos num quarto escuro, pensemos em coisas tristes e enterremos a cabeça na almofada, o mundo lá fora continua a girar, o tempo a passar e a horas a escacear. Confesso que estou meia perdida, sei admitir que estou, porque me tem feito falta o alicerce base da minha vida -
o amor. Não que ande a chorar pelos cantos ou com depressões melodramáticas, apenas não me sinto a mesma pessoa. Prezo muito os meus amigos, a minha família, os meus hobbies e todas as coisas que me dão prazer fazer, todavia a falta amor que ocupa o pedestal da minha existência magoa-me a cada dia que passa. Pode ser uma necessidade completamente fútil, podem até achar-me uma parva, lamechas e etc etc, mas eu sou assim. Preciso de estar apaixonada, e mesmo que não esteja de facto, preciso de sentir amor e de amar. Porque já amei muito e demasiado tempo para agora estar assim. Sinceramente, prefiro chorar de desgosto do que chorar porque não posso ter desgostos de amor. Eu quero tê-los. Fazem parte da pessoa que serei, fazem parte do crescimento, da passagem de adolescente para adulta. E eu sinto falta. A vida de solteira e descomprometida é engraçada, apenas não é para mim. Eu não preciso de não ter ninguém a controlar e a perguntar onde estou e para onde vou, eu gosto disso. Eu gosto que tenham ciúmes e que ralhem comigo porque demorei muito tempo a responder. Gosto dessas coisas todas que os relacionamentos implicam. Gosto até das discussões e do "
nunca mais te quero ver" seguidas do típico beijo apaixonado. Não preciso de muito, preciso de amar e ser amada. Amar e não ser correspondido? É mau. Ser amado e não conseguir corresponder? É ainda pior. Para mim é. Eu consigo pôr a minha dor de lado, mas não consigo ignorar a dor que provoco nos outros. Mesmo quando sorrio, mesmo quando parece que está tudo bem, à noite questiono-me infinitamente por que é que não consigo dar mais de mim. Só a minha almofada sabe perfeitamente o sabor das minhas lágrimas.
Estou a precisar de voltar para as aulas, de ter os meus colegas, de andar distraída e de não pensar nesta lacuna que tem vindo a preencher a minha vida há já tempo demais. O conceito de felicidade de cada um é muito diferente. O meu? O meu passa por me apaixonar perdidamente.
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