quinta-feira, 10 de março de 2011

Queremos sempre mais


O ser humano busca o que não é fácil alcançar. Em tudo. Ou pelo menos inconscientemente fá-lo. Se conseguimos um 15, queremos um 17. Se temos 20 camisolas achamos que 21 é que é o número ideal e quando temos as tais "21 camisolas ideais" iremos querer mais uma e outra e outra e outra. Desde a mais gorda e feia, à mais esbelta e bonita, todas idolatram o Brad Pitt (ou qualquer outro gato de Hollywood), porque mesmo que não possam ter, gostam de sonhar, de querer sempre mais e melhor.
Chega a um determinado ponto que nos apercebemos que temos de parar. Assim como sabemos que a água entra em ebulição aos 100ºC, o nosso corpo também chega a um ponto de desgaste que não consegue "ferver" mais. Resignarmo-nos com o que temos não é estagnar nem parar de evoluir. É apenas começar a dar valor a pequenas coisas. A pensar em quem tem menos que nós. É, sobretudo, aceitar que o que uns têm e é perfeito para eles, pode não ser o perfeito para nós.
Acho que a nossa sociedade perdeu um pouco o controlo e quer sempre subir mais um patamar, no matter what it costs. Às vezes é mesmo imprescindível pôr o pé no travão para não embater contra uma parede. Não se trata de desistir do que é melhor, mas de avaliar se o que consideramos ser melhor, é o melhor para nós ou o melhor para mostrarmos àqueles que nos rodeiam.

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