terça-feira, 8 de março de 2011

Querido * #10

Querido *,

Desisto! Não consigo, não consigo evitar escrever-te, mesmo sabendo que não me lês. Estou para aqui sem eira nem beira esperando ansiosamente que dês sinal de vida. Falei mal, pois falei. Tive razão! Ou pensas que uma mensagem às tantas da manhã, que ainda está por explicar, com aquele conteúdo super "não quero saber de ti, vai-te embora" deixa uma pessoa feliz? Não deixa, meu querido, não deixa. Até porque estava com saudades tuas e agora voltei a ficar sem notícias. Acho que ligo mais a isto que tu... corrói-me a alma pensar sequer na possibilidade de me afastar definitivamente. Só que às vezes... não sei, parece que estou melhor sem ti! Não melhor no sentido de mais feliz, mas melhor no sentido de mais calma, mais serena, mais sã. Tu fazes falta todos os dias; quando vou fazer o café da manhã, quando coloco os pratos na mesa, quando ponho a mão na almofada vazia pela manhã, quando faço lasanha para o jantar, até quando deixo de tropeçar nas peças de roupa que deixavas espalhadas pela casa. Fazes falta em todas as ocasiões, a qualquer hora do dia. Sinto-me triste, vazia, irritada sem sentido! Sinto-me como um pássaro que ganhou asas e não quer voar. Eu não preciso de voar, preciso de ti, aqui.
Estejas onde estiveres, cuida bem da tua sanidade mental, sempre massacraste o físico em prol da plenitude do teu ser. Que o faças, que o continues a fazer, mas bem... Que não seja como quando ficas quase sem ar de tanto tentares libertar endorfinas.
Fazes falta cá por estas bandas... Quando puderes, se puderes, caso queiras, passa por aqui e deixa o teu sorrisinho, isso basta-me para mais uns meses de separação.

carta de uma mulher com saudade

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