quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Poemas das horas vagas

Nas veias do tempo,
a vida consome-se, saturada.
E há tanto sentimento
que não a queremos ver acabada.

Mas o tempo urge, solitário.
E o amor esvai-se, desiludido.
Para trás fica com contrário
do que se devia ter sucedido.

E nós deixamos de sentir.
Fingimos apenas, buscando um abrigo desesperado,
porque a vida não nos deixa sorrir,
devastados por esta ter findado.

Joana Filipa

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