terça-feira, 15 de maio de 2012

Would you miss me?


Por vezes dou por mim a pensar nisto. Se eu morresse, quem iria efectivamente sentir saudades minhas. Dizem que só sabemos realmente os amigos que temos quando estamos no hospital ou na prisão e, de certa forma, até é capaz de ser verdade. Discutimos, muitas vezes, com aqueles que mais gostamos, dizemos-lhes coisas horríveis, nomeadamente que nunca mais os queremos ver. Em contrapartida, estamos rodeados por pessoas com as quais mantemos uma relação estreita todos os dias, no dia a dia, pessoas às quais nos aventuramos a chamar amigos. Eu pergunto-me até que ponto os nossos amigos são mesmo nossos amigos e os nossos inimigos são mesmo os nossos inimigos. Às vezes penso nestas coisas que, na verdade, não deveriam ter nada em que pensar. Mas e se, hipoteticamente, eu fosse parar ao hospital por ter tido um grave acidente e estivesse entre a vida e a morte... Quem é que me iria visitar? Há pessoas pelas quais eu poria imediatamente a mão no fogo que estariam lá à porta, todavia há outras... Outras que não sei! Algumas com quem não contacto tanto, mas que talvez fossem, outras que contacto todos os dias e provavelmente não iriam. Penso que é nos momentos mais difíceis, quando nos deparamos com a possibilidade de perdermos uma pessoa para sempre, que abrimos os olhos, que os sentimentos são colocados à prova e as emoções vêm ao de cima. E talvez seja nessas alturas que cometemos loucuras, que mostramos os nossos sentimentos e damos a conhecer tudo de nós. A dúvida reside, e sempre residirá: Quem iria, de facto, sentir a nossa falta, caso abandonássemos o mundo dos mortais?

Sem comentários: