sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Escrever e não saber de quê



Não tem de haver necessariamente um motivo, tem? É assim porque tem de ser assim. Mesmo que a cabeça não queira, o coração é quem sente, e quem sente é quem manda. Há sempre aquela hipótese de lutar contra o que sentimos, mas todos sabemos que não vale a pena. Por que é que nos apaixonamos pelo impossível? Talvez o possível seja demasiado banal, e nós não nos contentamos com o que podemos ter. Queremos o que não conseguimos alcançar com facilidade. Falo por mim. Tudo o que é directamente dado, não é necessariamente bem recebido, pois é abusivamente simples. Ora, já nem sei o que digo, muito menos o que escrevo! São palavras que fazem sentido para mim, mas não creio que façam para quem as lê. Que importa? Que importa tudo?! Quando se está assim, nada faz sentido. Nem mesmo as palavras escritas e mal pensadas.

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