sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O Mundo ao contrário


Será que pertenço aqui? Será que pertencemos mesmo aqui? Este planeta tornou-se saturado. Saturado de pessoas, de falsidades, de hipocrisias, de falta de valores, de interesses, de ganância, de avidez, de tudo. Já não reconheço os valores morais, nem tão pouco o valor da "palavra de honra". O que é isso hoje? A "palavra de honra"? N-A-D-A. Acho que o ser humano se está a tornar numa máquina muito pouco humana. É sim "algo" materialista, consumidor, arrogante, prepotente. Não falo por um ou por dois. Falo por todos e assim me incluo. Falo porque não consigo perceber como tudo mudou. Como os valores se perderam. O respeito. As virtudes. A sinceridade. A honestidade. Como poderá o mundo ter chegado a este estado de perfeita incoerência?! Num dia é branco, mas se convir que seja preto, preto será. As convicções são tão manipuladas!
Eu admito, sinto que estou a ser absorvida neste mundo e oxalá não estivesse. Mas como poderia eu evitar? Está por toda a parte! Manipulação, intriga, inveja, rancor, ódio, tudo. Já não consigo diferenciar o bem do mal. O justo do injusto! Estas realidades vistas tão separadamente começam a aglutinar-se e os conceitos a misturar-se. Tudo fica diferente. Não sei em quem acreditar, no que acreditar. Nestes momentos rezo. Rezo porque ainda é a única coisa que se preserva dos velhos tempos. E mesmo assim já há muitos que hoje duvidam "Deus existe? Como sabes? Já o viste?". Ora não o vi, mas então e o amor, tu vê-lo? Ou tu sente-lo? Pois, a verdade é que estamos imiscuídos numa geração de ciência (e contra mim falo, já que é o meu curso), mas hoje em dia não se acredita naquilo que não se vê. Cientistas do mundo, tratem de se isolar. Se Deus não se pode ver, os sentimentos também não.

Sem comentários: