"E quando finalmente a vejo a sair de casa, sinto um estranho formigueiro percorrer-me as costas, uma sensação completamente nova para mim. Ela detém-se nos degraus, e eu fico a vê-la virar-se, dando a ideia de que está a olhar na minha direcção. Fico paralisado sem motivo - sei que é impossível ela ver-me. Do meu piso, vejo a Savannah a fechar a porta silenciosamente atrás de si. Desce lentamente os degraus e deambula até ao centro do pátio.
Aí pára e cruza os braços, deitando uma olhadela por cima do ombro para ter a certeza de que não veio ninguém atrás dela. Por fim, parece descontrair-se. E então eu sinto-me como se estivesse a presenciar um milagre, quando, com extrema lentidão, a vejo virar o rosto ao luar. Observo-a a contemplar a lua cheia, a sentir a corrente de emoções que ela desencadeou e a desejar apenas dizer-lhe que me encontro aqui. Porém, ao invés, deixo-me ficar onde estou e dirijo também o olhar para a Lua. E, por um breve instante, quase tenho a sensação de que estamos novamente juntos."
Últimas palavras de John Tyree, in Juntos ao Luar
Talvez o mais importante não seja ficarmos realmente com quem amamos, mas sim saber que fizemos de tudo para que essa mesma pessoa fosse feliz.
Obrigada Nicholas Sparks.
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