Depois, depois, depois

Depois de muitas rasteiras, muitos tropeções, muitas lágrimas derramadas, muita mágoa, melancolia, dor, sentimentos de culpa e indecisões, depois disto tudo e de muito mais, a felicidade veio bater-me à porta devagarinho e, como quem não quer a coisa, deu-se toda para mim. Depois disto tudo só confirmo que Deus escreve direito por linhas tortas. Há coisas que não vou conseguir explicar nunca, a M. e a C. aperceberam-se disto primeiro que eu, lembro-me de me terem dito "eu acho que já sabes o que queres, mas tens medo de assumir". Se calhar era mesmo isso, era mesmo o medo das consequências que me fazia ficar aprisionada e "sem saber o que fazer" quando na verdade já o sabia perfeitamente. Isto acontece quando a cabeça e o coração entram em contradição (o que me acontece imensas vezes), mas eu estupidamente (ou não!) sigo sempre o que o meu coração me diz. Talvez seja uma atitude irracional, talvez esteja a meter os pés pelas mãos, mas no fim, se houver fim, a minha capacidade de encaixe vai ser maior se seguir o coração. Eu sou apologista daquele pensamento "prefiro arrepender-me do que fiz, do que do que poderia ter feito"