quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O porquê do presente


Por vezes questiono-me como seria o meu presente se alterasse uma única coisa significativa no meu passado. Acredito invariavelmente no destino e, por isso, agarro-me à ténue esperança de pensar que se não fosse por um motivo, seria por outro, e a minha situação seria completamente igual. Por outro lado, às vezes gostava de saber, apenas de saber como seria a minha vida hoje, neste preciso momento, caso as minhas escolhas tivessem sido outras.
Não sou pessoa de arrependimentos, não choro os meus erros nem lamento as minhas falhas (menos nos testes, sim!), de resto sou convicta de que fiz sempre o que estava certo, pelo menos certo de acordo com os meu parâmetros momentâneos. Todavia, sinto um desejo, um enorme desejo de saber como seria se agisse racionalmente, mas por mais que tente, não consigo fazê-lo.
Gostava imenso de ter carro e de poder guiar até à beira mar. Sentar-me no pontão e inspirar o cheiro da maresia. O vento esvoaçar-me-ia os cabelos e, ao fim de uns momentos, tu vinhas pôr a mão no meu ombro, aproximar-te-ias do meu ouvido e sussurar-me-ias "estarei sempre aqui".
Não passa de uma miragem, eu sei.

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