segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O verdadeiro amor


Há coisas que ficam para sempre. Por mais que digam que o tempo cura tudo, eu tenho que para mim ele apenas cura momentaneamente. É como nos recompormos de uma constipação - basta uma brisa fresca e voltamos aos "atchins" e ao nariz entupido. No amor é igual - quando pensamos que estamos curados dele, basta um sorriso, um olhar, uma troca de palavras para tudo voltar num único segundo. As cicatrizes parece que inflamam, as feridas que abrem e voltamos àquele estado de loucura e insanidade que tanto fizemos para deixar.
Só o tempo nos consegue mostrar a grandeza de um amor; só o verdadeiro amor permanece vivo, mesmo que adormecido, nos nossos corações para sempre, todos os outros pequenos amores que preenchem a nossa vida são demonstrações de carinho e afecto que o ser humano precisa de ter, mas amor, amor no verdadeiro sentido da palavra é aquele que nunca morre, que nos acompanha para todo o lado, que nos alimenta; nos dá vida, cor e alegria; nos mata e nos fere; nos deixa eloquentes e simultaneamente vazios. Nos dá muito e tira pouco, ou nos tira tudo. O verdadeiro amor há-de vegetar com a morte do portador. E se um dia se esquecer um grande amor, saberemos que não era o verdadeiro amor.