sábado, 19 de fevereiro de 2011

Querido * #7

Querido *,

sinto-te mais perto e esta sensação é incrivelmente boa. Vivo aterrorizada pelo medo que seja apenas um doce engano - sabes que tenho muito medo de perder quem amo, não sabes? O facto de equacionar a hipótese de esta sensação ser efémera, corrói-me por dentro. Andava sem vontade, sem ânimo, sem aquele brilho reluzente que tantas vezes apreciavas em mim, e agora parece que tudo voltou; A magia, o encanto, o meu "fairytale" voltou para mim de novo. As pequenas memórias, os registos guardados continuam a aumentar e delicio-me a ler as mensagens que me escrevias e os textos que ainda guardo. Agora consigo olhar para as nossas fotos com um sorriso no rosto e não com um pesar na alma. Mas ainda assim, ainda que com toda esta atmosfera contagiante de amor e loucura, sinto-me incompleta. Falta uma peça fulcral no meu puzzle - a tua presença. Eu sei que me segues, me guias, me proteges, me acarinhas como podes, todavia sinto falta, sinto muita falta, tu sabes de quê. Agora sei o porquê de não puderes tocar à minha campainha, perdão, à nossa campainha. Ambos sabemos que um dia poderás voltar a entrar em casa com a pasta do trabalho, deixá-la no escritório, pegar na Carol ao colo e atirá-la ao ar e por fim vir dar-me um beijo enquanto leio os romances eloquentes que me ofereces com frequência. Mesmo que não tenha a certeza de que isso vai voltar, sinto que se não voltar, eu também não consigo tornar a ter o brilho adormecido.
Por muitas coisas, lugares e pessoas que passem na minha vida, tu vais ser sempre aquele que jamais conseguirei esquecer.
Eu e ela esperamos por ti, sentadas no alpendre da nossa paixão. Ambas sabemos que nos virás buscar, sabes que somos as mulheres da tua vida e que ainda faltam mais dois elementos para fazer o trio que sempre quis e encher os 5 bancos do carro. Temos todo o tempo do mundo, para nós.

carta de uma mulher com saudade

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